A bancada do PSDB e o senador Cristovam Buarque
(PDT-DF) estão empenhados em mudar o nome do programa social Bolsa
Família, símbolo da gestão petista na Presidência da República. O
assunto será discutido na próxima quarta-feira (18) pelos senadores em
reunião na Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ). A ideia é
de Buarque, criador do Projeto de Lei do Senado 286/2009, que pede a
alteração do nome para Bolsa-Escola. Esse era o nome do um programa
social criado por ele quando era governador do Distrito Federal
(1995-1999). Na ocasião, ele condicionou a oferta de um benefício em
dinheiro a famílias que garantissem a frequência de 85% de suas crianças
na escola. O programa inspirou Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que
tornou o Bolsa-Escola um projeto federal. Em 2003, no entanto, o governo
Luiz Inácio Lula da Silva incorporou o Bolsa Escola a outros quatro
programas de transferência de renda, formando o Bolsa Família. São eles:
Cadastramento Único do Governo Federal, o Programa Nacional de Renda
Mínima vinculada à Saúde, Programa Auxílio-Gás e Programa Nacional de
Acesso à Alimentação (Fome Zero). Relator do projeto, o tucano Álvaro
Dias (PR) já deixou claro que vai recomendar a mudança do nome na quarta
que vem. Ao comentar o assunto, ele não mencionou a unificação dos
outros programas sociais. Ele diz apenas que a mudança de nome tirou a
“ênfase educacional” da transferência de renda. “A sua razão é o auxilio
na educação das crianças.”
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