Denúncia: Prefeito de Iaçu corta salário de professores e impede dirigente sindical de cumprir mandato
O Sindicato dos Trabalhadores em
Educação APLB – Núcleo – Iaçu-BA vem enfrentando forte perseguição por
parte do prefeito local, Adelson Oliveira. A entidade denuncia que a sua
coordenadora, professora Edione Nascimento Sodré, tem sido vítima de
perseguição política pela sua atuação de combate às medidas arbitrárias
da prefeitura contra os trabalhadores da área de ensino no município.
Além de congelar por três anos os salários dos professores, violar a lei
do piso do magistério, o prefeito ainda cortou o pagamento dos
professores que participaram das mobilizações do sindicato por reajuste
salarial, em fevereiro deste ano.
“Há mais de dois anos, o gestor
municipal não recebia o sindicato para dialogar ou negociar pautas da
categoria. Sua gestão é marcada por violar inúmeros direitos dos
servidores. Sendo assim, convocamos os educadores e fomos às ruas
protestar. O chefe do executivo, para enfraquecer o nosso movimento,
cortou a consignação sindical, fonte de receita para custeio da
entidade. Mesmo com autorização dos sócios, o prefeito diz que não
efetuará o desconto em folha ou repassará ao sindicato”, denuncia
Edione.
A dirigente conta que em Abril também
foi alvo de uma ação judicial, movida por Adelson, por conta de uma
publicação, na página da APLB no Facebook, da música “Pega Ladrão”, do
cantor e compositor Gabriel, O Pensador. Sodré afirma que a postagem não
citou nomes e não foi feita por ela. Na ação, Oliveira pede uma
indenização de R$ 20 mil, mais custas judiciais.
Segundo a sindicalista, “o foco do ódio
do prefeito é a entidade. Ele ainda publicou portaria reduzindo 20 horas
da minha jornada de trabalho no sindicato e o mandato para o qual fui
eleita, de 2020 a 2023, para 1 ano apenas. O ato contraria, inclusive, a
legislação municipal, que libera o professor eleito para atuar na
direção sindical enquanto durar o mandato.
A coordenadora informa que a assessoria
jurídica da APLB está trabalhando na defesa do caso e pela revogação da
portaria que reduziu o seu período de trabalho na coordenação do
sindicato.
“Estamos denunciando todo esse
autoritarismo. Seguiremos na luta em defesa dos direitos da categoria.
Não vamos nos intimidar”, concluiu Edione. APLB Sindicato
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