Com
a proximidade do inverno (cuja data oficial de início é 20 de junho),
chega também o período em que as pessoas costumam ter mais resfriados e
gripes, já que o frio dessa época deixa o organismo mais propenso a
essas doenças. Além disso, a queda nas temperaturas faz com que as
pessoas permaneçam por mais tempo em ambientes fechados fazendo com que
os vírus se disseminem mais facilmente. Para evitar a suscetibilidade a
essas doenças, é importante estar atento para a melhoria da imunidade.
De
acordo com o médico infectologista do Hospital Emílio Ribas, Jean
Gorinchteyn, uma noite bem dormida, alimentação balanceada, vida mais
tranquila e atividades físicas ajudam a melhorar a imunidade, mas não
impedem que as pessoas entrem em contato com os vírus.
“Por
isso, essas medidas são fundamentais, mas aliadas a fatores de
prevenção que são: evitar as aglomerações, manter o distanciamento
social, usar máscaras e fazer a higienização frequente com água e sabão
ou álcool gel”. Ele ressaltou ainda que é fundamental tomar a vacina
contra a gripe.
Os
quadros alérgicos também tendem a se intensificar nesse momento, ou
seja, doenças de hiper sensibilidade respiratória, como rinite e
sinusite. “Alguns pacientes, como os asmáticos, podem ter a asma
induzida principalmente por que é um período que chove menos e a
dispersão de poluentes tende a ser menor.”
Para
aqueles que estão mantendo o distanciamento social em casa devido à
pandemia de covid-19, o médico recomenda manter os ambientes arejados,
ventilados e, no caso daqueles que têm problemas alérgicos, evitar
cortinas, tapetes e pelos de animais. “Em contrapartida, temos que
pensar que as pessoas que tiverem sintomas devem ser avaliadas por um
profissional para descobrir qual é o tipo de vírus presente.”
Em
virtude da pandemia, Gorinchteyn ressalta que é preciso estar atento
para as várias manifestações do novo coronavírus, que vão de leve a
muito severas. “Por isso, existe a necessidade de que qualquer pessoa
que tenha sintomas respiratórios, mesmo que brandos, seja avaliada e
testada, mesmo com formas leves, para garantirmos que esse indivíduo não
venha a apresentar o vírus e contaminar as pessoas no seu entorno.”
O
infectologista explicou ainda que a imunidade alta não é garantia de
que o indivíduo não seja infectado pelo novo coronavírus, portanto, não
existe receita para aumento de imunidade no caso da covid-19. “O que
existe é prevenção. Nós nunca sabemos quem vai desenvolver a forma
viral. Percebemos que isso muitas vezes está relacionado também a um
excesso de resposta inflamatória. Quanto maior a resposta inflamatória,
maiores os impactos que o coronavírus causa no organismo”.
A
nutricionista Vera Salvo destaca que uma alimentação balanceada e
variada ao longo do tempo é o ideal para manutenção da saúde. Ela afirma
ainda que não existe um único alimento que, sozinho, possa salvar
alguém e elevar a imunidade.
“Devemos escolher, principalmente, os alimentos frescos, in natura,
evitando o máximo possível os alimentos industrializados, ultra
processados que têm muito açúcar, sal, gordura, e acabam sendo
pró-inflamatórios”.
Além
disso, é preciso cuidar da hidratação, seja com água, sucos naturais ou
chás, já que um organismo bem hidratado colabora com a saúde intestinal
e a manutenção da microbiota, que funciona com uma barreira contra os
micro-organismos nocivos e indesejáveis.
“São
como soldadinhos que verificam quem pode entrar e quem não pode e
fortalecem o sistema imunológico da mesma forma que auxiliam a absorção
de muitas vitaminas e minerais que também contribuem para o
fortalecimento”, afirma Vera que também é conselheira do Conselho
Regional de Nutricionistas de São Paulo e Mato Grosso do Sul (CRN-3).
A
hidratação contribui ainda para alterar a fluidez do sangue. Ao beber
pouco líquido, o indivíduo pode comprometer o transporte de nutrientes,
oxigênio, deteriorando a atividade celular. “A desidratação poderia
comprometer uma resposta imunológica principalmente reduzindo as células
importantes para o combate às infecções”.
Entre
os alimentos indicados para contribuir no fortalecimento do sistema
imunológico, a nutricionista indica aqueles ricos em vitamina C (frutas
cruas, como acerola, goiaba, laranja, limão e verduras cruas, como
couve, brocólis), vitamina D (peixes, ovos, laticínios), vitamina E
(trigo, azeite, abacate, oleaginosas), ácido fólico (vegetais escuros,
leguminosas), zinco (semente de abóbora sem casca, carne vermelha, aves,
frutos do mar), carotenóides, que dão a cor alaranjada e avermelhada
nos alimentos (cenoura, damasco, manga, abóbora, frutas vermelhas), e
óleos ômega 6 e 3 (presente nos peixes, semente de chia, óleo de soja e
de canola).
“Os
antioxidantes, além de atuar na imunidade, auxiliam na saúde mental, o
que também é contemplado quando fazemos uma recomendação geral para o
consumo de alimentos in natura. Assim, prevenindo o processo
inflamatório, nós auxiliamos a diminuição do hormônio do stress que
também deprime o sistema imunológico”, completou.Com informações da
Agência Brasil
Por Notícias ao Minuto
Comentários
Postar um comentário