Os tremores de terra registrados em
cidades baianas neste domingo (30) devem durar “semanas ou meses”,
segundo previsão do geólogo Eduardo Menezes, do Laboratório de
Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O
especialista explica que avalia do tipo são comuns na região Nordeste e,
principalmente, no Recôncavo baiano. “Há grande concentração de áreas
sísmicas ativas. Esses tremores ocorrem por causa de falhas geológicas e
pressões nas rochas do subsolo. Quando ocorrem perto de áreas urbanas,
claro, a repercussão é maior”, detalha.
Menezes diz que, no entanto, não é comum
o registro de tremores em escala acima de 3 graus. “A maioria é abaixo
de três. Em uma magnitude dessa ordem de 4,6 como registrada em Mutuípe
assusta. Chega a derrubar objetos de prateleiras, vibrações em telhados e
janelas. Não são comuns nessa ordem de grandeza, mas a cada dez, 15
anos acontecem. Mas podem ficar tranquilos”, afirma.
O geólogo disse ainda que o
monitoramento será ampliado. “O laboratório vai instalar uma rede de
sismógrafos para mapear. Vamos dar suporte a Defesa Civil e realizar
palestras para as comunidades. A proposta é tirar esse mito de fim dos
tempos. É fenômeno da natureza, ocorre no inverno, chuva ou seca.
Tremores fazem parte”, finaliza. *Do Bocão News
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