Foi
preso, nesta quarta-feira (27), pela Polícia Civil, em Betim, na Região
Metropolitana de Belo Horizonte, um homem de 42 anos. Ele é acusado de
estupro de vulnerável, e tinha como vitima a enteada, hoje com 12 anos –
que era violada desde os oito. O homem também é autor de outros crimes,
como se passar por policial civil e tráfico de drogas.
As
investigações foram conduzidas pela equipe da Delegacia Especializada de
Atendimento à Mulher (Deam) em Betim, que apurou, inicialmente, que o
suspeito praticava atos libidinosos diversos contra a vítima, desde que
ela tinha oito anos. Quando ela completou 10 anos, o homem teria mantido
relações sexuais com ela, pela primeira vez.
Ouvida
pelos policiais, a vítima contou que recebia ameaças de agressão por
parte do abusador, e que recebia presentes e dinheiro do suspeito, para
que não revelasse o que ele chamava de segredo.
Depois
de ouvirem a vítima, ela foi encaminhada a uma unidade médica, onde foi
feito o procedimento pericial e recebeu, também, atendimento médico. A
menina passa, a partir de agora, a receber acompanhamento psicológico em
razão das dificuldades de dormir e comer, por medo do suspeito.
Falso policial
Ao
ouvirem a mãe da menina, ex-companheira do suspeito, ela disse aos
policiais não ter conhecimento dos abusos, que sempre ocorriam no
período em que ela estava trabalhando.
Segundo a
delegada Ariadne Elloise Coelho, titular da Deam em Betim e responsável
pelo inquérito policial, a mãe da adolescente disse em seu depoimento
que o investigado se identificou, durante todo o relacionamento, como
policial civil.
“Ela
informou que o suspeito tinha vestimenta, usava arma na cintura e
portava distintivo, além de falar que atuava como advogado, instrutor de
autoescola e vigilante. Assim que denunciou sobre o abuso sexual contra
a filha, a ex-companheira começou a ter muito medo, porque ele passou a
procurá-la, inclusive no serviço, enviando mensagem e ligando para
conversar sobre a situação”, conta a delegada.
A mulher
contou que durante os levantamentos policiais, a equipe identificou
diversas imagens do investigado ostentando arma de fogo e utilizando o
uniforme da Polícia Civil.
“Considerando
que o suspeito não é policial e não tem porte ou posse de arma de fogo,
e ao que tudo indica utilizou-se indevidamente da profissão, sobretudo
como manobra de poder e obtenção de vantagem, e diante da insistência em
fazer contato com a mãe da vítima, representou-se pela prisão
preventiva e busca e apreensão de armas e outros objetos”, explica a
delegada Ariadne.
No
cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, foram
encontradas vestimentas e brasões da Polícia Civil, arma de fogo,
inúmeras carteiras de outras profissões, R$ 5 mil em dinheiro e drogas,
razão pela qual ele foi preso em flagrante, também, por tráfico de
entorpecentes. O homem foi indiciado e será encaminhado ao sistema
prisional.
Por Diário de Pernambuco
Foto: PCMG/Divulgação
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