A presidente Dilma Rousseff coordenou
pessoalmente o contra-ataque ao PSDB ao determinar que o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, reagisse às críticas dos tucanos que
acusam o governo de direcionar a investigação do cartel de trens em São
Paulo para tentar abafar as prisões do mensalão. Dilma reservou dois
dias de sua agenda na semana para discutir a reação. Nesta
sexta-feira (29), a presidente, o ministro e sua equipe de comunicação
conversaram por cerca de uma hora e meia no Palácio do Alvorada sobre o
tema. As avaliações foram de que o PSDB estava
conseguindo "gritar mais alto", estabelecendo que os tucanos seriam
vítimas de uma armação de "aloprados" petistas e, ainda, de quebra,
enfraquecendo Cardozo. Eles estão enlouquecidos. Querem mudar o foco e vir para cima de mim. A
ordem foi para reagir com veemência, o que levou Cardozo a convocar uma
segunda coletiva de imprensa num intervalo de três dias. Ontem,
anunciou que vai processar os que o "caluniaram" e "ofenderam". Reunidos
em Brasília na terça-feira, os tucanos, comandados pelo senador Aécio
Neves, pré-candidato do partido à Presidência, fizeram duras declarações
contra Cardozo, pediram sua demissão e o chamaram de "aloprado",
"manipulador", "irresponsável", "farsante", "indigno". A
queixa dos tucanos se deve ao fato de o ministro ter recebido das mãos
do deputado estadual licenciado Simão Pedro (PT) documentos de autoria
do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer com acusações contra
políticos do PSDB e ter repassado o material para a Polícia Federal.
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