A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana
Calmon, denunciou a existência de compra e venda de sentença no
Judiciário da Bahia. “Existe”, disse em entrevista à rádio Tudo FM.
Ela
chegou a assegurar que as denúncias que faz desde 2011 não tem foco
eleitoral e garante que, na época, ainda não pensava em candidatura.
“Estou me manifestando porque tudo está sub-judice, para mostrar que é
absolutamente uma leviandade o que está se falando que eu usei isso para
fins eleitoreiros”, disse. “Lá atrás, quando não havia nenhuma notícia
de eleição, de candidatura, de nada, que eu venho falando sobre os
desmandos do Tribunal da Bahia”, completou.
Calmon
não deu maiores detalhes sobre o esquema no tribunal, mas sinalizou a
existência de uma investigação que envolve um mercado paralelo de
sentenças. Segundo ela, esse mal só se corrige “ao longo do tempo e com
gestão”. “São crimes que não deixam vestígio. Quando deixam, é muito
tênue”, justificou.
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