Numa decisão totalmente inesperada, o Banco
Central (BC) decidiu elevar a taxa básica de juros, para 11,25% ao ano,
na primeira ação depois da reeleição da presidente Dilma Rousseff. Desde
abril, a Selic estava em 11,00% ao ano. No comunicado que se seguiu à
decisão, a diretoria da instituição avaliou que seria oportuno ajustar
as condições monetárias para garantir, a um custo menor, a prevalência
de um cenário mais benigno para a inflação em 2015 e 2016. Com a
surpresa, os economistas já vão amanhã cedo refazer os cálculos para as
projeções de vários indicadores e também definir as apostas para a
próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para o
início de dezembro. Até porque havia unanimidade entre os analistas do
mercado financeiro de que a taxa seria mantida hoje em 11,00% ao ano. Um
fator que será fundamental para o BC nas próximas decisões de política
monetária é o comportamento do dólar. Principalmente depois que o
Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos) anunciou na tarde de hoje
que não irá mais continuar com seu programa de compra de ativos. Embora
amplamente esperado, o encerramento pressiona as moedas de países
emergentes, como o real. Além disso, a divulgação é vista como um
prenúncio de que a alta dos juros por lá está mais próxima.
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