A seca já atingiu quase dois milhões de pessoas
na Bahia e não há previsão de chuva para os próximos três meses. Em
Riachão do Jacuípe, cidade a 200 km de Salvador, a falta d'água destruiu
toda plantação, principal fonte de renda dos moradores. A terra secou e
não é possível plantar nada. A tão esperada chuva não cai há mais de
seis meses e os açudes estão quase secos. Nem assim as famílias que
vivem no sertão da Bahia perdem a esperança de dias melhores. No sítio
de seu José, a labuta é diária. Ele e a filha, Rita, tentam manter vivos
os poucos animais que sobraram: umas dez cabeças de gado e cerca de 50
ovelhas. O açude acumulava cerca de 500 mil litros de água. A família de
Rita utilizava a água até para beber, mas com a seca que castiga a
cidade, secou e agora só tem lama. Na casa de Maria a ordem é
economizar. A família já viveu momentos difíceis, quando faltava água
até para beber. Hoje, tem uma cisterna que armazena água da chuva, mas
tirar um balde cheio é raro. Nos 43 hectares de terra, eles plantavam de
tudo, mas agora nem o capim para o gado vinga. No solo seco só
sobrevive o mandacaru - que é utilizado para alimentar os bois e as
vacas - e o ariri, que tem um fruto pequenino, que lembra um coco,
plantas resistentes à seca. A economia de Riachão de Jacuípe é voltada
para pecuária e agricultura. Atualmente, o sindicato dos trabalhadores
rurais do município tem oito mil profissionais cadastrados, só que cerca
3 mil estão desempregados . (Record Bahia)
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