O professor Carlos Castilho Junior, de Maringá,
no Noroeste do Paraná, decidiu dar aulas pelo Facebook. A decisão foi
tomada depois que uma de suas alunas, preocupada com o Enem (Exame
Nacional do Ensino Médio), o chamou para conversar e disse que
concordava com o propósito da greve, mas precisava estudar. "Eu
respondi, brincando, que ela deveria comentar isso com o governador, mas
depois me deu remorso. Sou totalmente a favor da paralisação da
categoria, mas eu não poderia deixar meus alunos na mão", conta.
Castilho, então, propôs aos alunos que criassem grupos dentro do
Facebook. Ele estabeleceu algumas regras: cada grupo deveria ter um
monitor (estudante); somente alunos da mesma turma poderiam ser
adicionados; e um professor observador precisaria estar presente. Pais,
mães e responsáveis também poderiam ser adicionados. Os temas "política"
e "greve", no entanto, entrariam na lista de "assuntos proibidos". A
iniciativa deu certo. No início, segundo Castilho, 27 alunos
participavam. Hoje já são quase 500. A estudante Sabrina Magnabosco, 17,
é uma delas. "Uma colega do mesmo colégio em que eu estudo veio me
falar da proposta do professor. Repassei a informação e todos da minha
sala aceitaram participar", conta. Sabrina relata que está preocupada
com o Enem e com o vestibular. "O professor está nos dando dicas sobre
como estudar e isso está ajudando muito. Acho que o medo agora é nossa
principal barreira, pois ainda está muito incerto quando voltará nossas
aulas.
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