O PT de São Paulo vai requerer na Justiça Eleitoral o mandato
da senadora Marta Suplicy, que se desfiliou da sigla no fim de abril
após 33 anos. A decisão foi tomada por unanimidade pela Comissão
Executiva Estadual do partido.
"Após
sucessivas recusas em dialogar com a direção do PT sobre as razões de
suas supostas insatisfações, Marta formalizou sua desfiliação do partido
movida unicamente por interesses eleitorais e desmedido personalismo",
disse o presidente do diretório estadual do partido, Emídio de Souza, em
comunicado divulgado na tarde desta terça-feira.
Na
carta em que pediu a desfiliação do PT, a senadora alegou que a sigla é
reincidente em casos de desvios éticos e disse estar constrangida com o
"protagonismo" da legenda em "um dos maiores escândalos de corrupção
que a nação brasileira já experimentou".
"Mesmo
após a condenação de altos dirigentes, sobrevieram novos episódios a
envolver a sua direção nacional", afirmou a senadora, referindo-se
indiretamente ao mensalão, em 2005, e ao escândalo de corrupção na
Petrobras, em 2014.
Marta
pretende concorrer à prefeitura de São Paulo nas eleições municipais do
próximo ano contra o antigo correligionário e atual prefeito, Fernando
Haddad (PT). A senadora sinalizou que deve formaliza sua filiação ao
PSB. (Com Estadão Conteúdo).
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