Centenas de prefeitos baianos se preparam para desembarcar em
Brasília no próximo dia 25 de maio, onde participarão da XVIII Marcha a
Brasília em Defesa dos Municípios. Os gestores reclamam do acúmulo de
responsabilidades repassadas aos municípios sem a contrapartida
financeira do governo federal.
De
acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), em abril deste
ano, a União alcançou o montante de R$35 bilhões em restos a pagar para
ações nas prefeituras brasileiras.
Com
a obrigação de tocar obras e programas federais que praticamente foram
municipalizados, os gestores cobram a atualização de leis que darão
maior autonomia fiscal e administrativa às prefeituras brasileiras. Esse
é o caso do Pacto Federativo que neste momento passa por discussão no
Congresso Nacional, a fim de rever a repartição dos recursos e avaliar a
transferência de responsabilidades.
“O
cenário de crise que vive o Brasil tem sido a realidade dos municípios
há alguns anos. As demandas por serviços são crescentes e o recurso
destinados às prefeituras não crescem na mesma proporção. Por isso,
queremos mudar a repartição do bolo tributário, que, como está posto,
centraliza as riquezas na esfera da União em detrimento dos municípios”,
reage a presidente da UPB, prefeita Maria Quitéria, que está em
Brasília.
A
reforma política é outra questão na qual os prefeitos querem ser
ouvidos. Eles defendem a unificação das eleições para evitar a suspensão
de licitações e convênios duas vezes a cada quatro anos; fim da
reeleição para os cargos do Poder Executivo e limitação de três mandatos
consecutivos para o Poder Legislativo; além de incluir a corrupção
passiva como crime eleitoral, punindo corruptores.
Em
sua décima oitava edição, a Marcha a Brasília tem se tornado ponto alto
da agenda municipalista durante o ano. A pressão de mais de 4 mil
participantes costuma conquistar resultados, a exemplo da recente
aprovação de mais 1% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM),
obtida no final de 2014.
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