Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil -
Após
pedido de anistia para condenados pelo ato antidemocrático do dia 8 de
janeiro de 2023 por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliados
do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmam que é muito
difícil que o pedido seja acatado. Na Casa, o pedido foi apresentado
pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente. A
informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.
No
pedido, Mourão afirma que a lei não alcançaria acusações e condenações.
O julgamento em última instância do Judiciário e STF, também é um
argumento de Mourão, pois a corte teria sido incapaz de individualizar a
conduta de cada um dos julgados.
Senadores
que integram a base de apoio ao presidente Lula (PT) se colocam contra o
projeto de lei pró-anistia e alegam que é necessário responsabilizar as
pessoas que agiram contra a democracia. Além disso, o grupo aponta
ainda acredita que o perdão seria encarado como um sinal de reprovação
do Congresso ao STF.
Propostas
com o mesmo intuito tramitam na Câmara dos Deputados. As propostas
foram anexadas a um projeto de 2022 que pede anistia às pessoas que
bloquearam rodovias, acamparam em frente aos quartéis ou participaram de
qualquer manifestação após a vitória de Lula. A medida valeria do dia
30 de outubro de 2022 até a entrada em vigor da lei.
O
argumento dos deputados bolsonaristas é de que que nem todas as pessoas
presas em Brasília participaram da invasão e da destruição do Palácio
do Planalto, do Supremo e do Congresso.
Bolsonaro
falou sobre o pedido de anistia na manifestação do dia 25 de fevereiro
convocada por ele na avenida Paulista. Lula criticou o pedido feito pelo
ex-presidente durante entrevista ao programa “É Notícia, da Rede TV!”.
"Quando o cidadão lá pede anistia, ele está dizendo: 'Não, perdoe os golpistas'. Está confessando o crime", disse o presidente.
Fonte: A Tarde
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