Justiça na Bahia suspende exigência de vacinação contra a Covid-19 para policial militar exercer função
Sede do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), em Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1 |
Além
de permitir que o PM exerça a função, o TJ-BA determinou que o governo
mantenha o pagamento da remuneração na íntegra, sem descontos pelos dias
em que for eventualmente impedido de acessar o ambiente de trabalho.
O
policial alegou à Justiça que não se vacinou por motivos de saúde e
afirmou que se sente inseguro em relação as vacinas disponibilizadas. O
servidor afirmou que os imunizantes se encontram em fase de estudos e
análises, em estágio de testes, e só foram liberadas em caráter
emergencial.
Em
nota, o Governo da Bahia informou que quando for formalmente intimado, o
órgão adotará todas as medidas cabíveis para reversão da ordem, seja
perante o próprio Tribunal local, seja em instâncias superiores em que
caibam providências.
O
Governo da Bahia informou que “defende a vida, adota práticas
orientadas pela Ciência e compreende a vacinação contra Covid-19 como
algo de suma importância para a superação do desafio que essa pandemia
representa para todos”.
Eficácia das vacinas
Há pouco mais de um ano no Brasil – as primeiras doses das vacinas contra a Covid-19 eram aplicadas.
Jorge
Kalil, diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração,
explica que eficácia e efetividade são conceitos diferentes: “quando
você fala nos estudos clínicos, se chama eficácia. Quando você vê o
desempenho da vacina na população em geral, isso se chama efetividade”.
As
eficácias das vacinas são diferentes: vacinas de RNA mensageiro e vetor
viral são as mais eficazes, enquanto vacinas de vírus inativado tendem a
ser menos. No entanto, todas elas se provaram importantes para evitar
hospitalizações e mortes.
No
Brasil, temos vacinas de diferentes tecnologias: Pfizer, de RNA
mensageiro; AstraZeneca e Janssen, de vetor viral; e CoronaVac, de vírus
inativado.
“São
as de mRNA, sem dúvida [as mais efetivas]. Todas elas funcionaram. A
CoronaVac funciona. O que acontece é que a Pfizer funciona melhor”,
disse a imunologista Cristina Bonorino, professora da Universidade
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Fonte: g1 Bahia
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