A
OMS e cientistas da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá,
alertam que fármacos com o composto benzodiazepina causam abstinência e
dependência
Ouso frequente
e indiscriminado de comprimidos para o sono e ansiedade causa um maior
risco de morte do que o uso de drogas como cocaína e heroína. A
conclusão é de duas pesquisas publicadas no periódico científico
American Journal of Public Health.
De
acordo com os pesquisadores há um componente em especial que representa
perigo para a saúde: a benzodiazepina (BZD). O primeiro estudo,
da Universidade da Columbia Britânica (UBC), de Vancouver, no Canadá,
mostrou que o consumo excessivo de benzodiazepinas causa risco de morte
1,86 vezes maior do que o uso de drogas ilegais.
O
levantamento foi realizado com 2802 participantes que tomavam
benzodiazepinas, entrevistados semestralmente durante cinco anos e meio.
No final do estudo, 18,8% dos indivíduos que compunham o grupo
morreram. Os acadêmicos observaram que mesmo depois de isolar outros
fatores, como o uso de drogas ilegais e comportamentos de alto risco, a
taxa de mortalidade permaneceu alta entre os que utilizavam o composto.
Um
segundo estudo realizado com uma parte menor do mesmo grupo examinou a
ligação entre o uso de benzodiazepina e a infecção por hepatite C, e
descobriram que a taxa de infecção foi 1,67 vezes maior entre os que
usaram fármacos à base do composto.
“O
interessante sobre estas descobertas é que é uma droga prescrita e as
pessoas pensam que estão seguras. Mas, provavelmente, estamos a
prescrever essas drogas de uma forma excessiva e que por sua vez está
causando danos”, disse o cientista Keith Ahamad ao jornal Vancouver Sun.
Um
relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a
benzodiazepina só deve ser prescrita para tratar “ansiedade ou insônias
graves, incapacitantes, que causem angústia extrema”. A entidade
recomenda que os médicos levem em conta que o composto causa dependência
e síndrome de abstinência – por isso, deve ser usada numa dose eficaz
mínima e durante o menor tempo possível.
POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL
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