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Celulares das vítimas tocavam durante resgate dos corpos; conheça algumas vítimas

Uma mãe ligou 104 vezes. Outra, cansada das chamadas sem resposta, enviou uma mensagem à filha, perguntando onde ela estava

Celulares tocam. Ninguém atende. Eles não podem atender, estão mortos.  Durante o resgate das vítimas do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS), na madrugada deste domingo (27), os aparelhos não paravam de tocar. Uma mãe ligou 104 vezes. Outra, cansada das chamadas sem resposta, enviou uma mensagem à filha, perguntando onde ela estava. 
Ela estava no ginásio do Centro Desportivo Municipal de Santa Maria (RS), junto com outros 232 mortos da segunda maior tragédia em incêndios da história no Brasil. Até o fechamento da edição, às 23h, o número chegava a 245 — 233 na boate e mais 12 em hospitais.

Horas antes, por volta das 2h30,  os celulares que agora tocavam sem ninguém atender estavam nos bolsos de jovens — em sua maioria universitários — desesperados, correndo em todas as direções para tentar se salvar do fogo, causado por um show de pirotecnia no interior do estabelecimento. 
Socorro
“Incêndio na KISS socorro”. O apelo postado pela dentista Michele Cardoso no Facebook  foram suas últimas palavras. Michele foi uma das vítimas fatais no incêndio. Ela tinha ido à festa acompanhada da irmã Clarissa Lima Teixeira e do namorado, o estudante de agronomia João Paulo Pozzobon. Os dois também morreram.

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