Nunca Minas Gerais respirou tanto futebol. Nunca
Belo Horizonte sentiu uma ansiedade tão grande pulsando no ar. Nunca
houve um duelo tão decisivo quanto o Cruzeiro x Atlético-MG desta
quarta-feira para os rivais. Nunca o torcedor do Atlético-MG esquecerá a
noite de 26 de novembro de 2014. Em um Mineirão com maioria cruzeirense
e cheio de lugares vazios por causa dos altos preços cobrados pelos
mandantes, o time de Levir Culpi desbancou o rival, dono do último
Mineiro e dos dois últimos Brasileiros, com triunfo por 1 a 0 e aumentou
a vantagem de dois gols obtida no jogo de ida para se sagrar pela
primeira vez campeão da Copa do Brasil. A equipe de Diego
Tardelli, autor do único gol do duelo, e companhia sequer necessitou do
sofrimento das duas fases anteriores do torneio, quando precisou
conquistar viradas épicas sobre Corinthians e Flamengo no mesmo
Mineirão. Não nesta quarta. O clube alvinegro foi imensamente superior
do início ao fim sobre um apático Cruzeiro, desgastado com o título do
Campeonato Brasileiro conquistado com antecipação há menos de três
dias. Marcelo Oliveira, treinador celeste, acumula
seu terceiro vice do torneio, visto que já havia perdido dois com o
Coritiba. Mais: despede-se do satisfatório 2014, com título nacional do
Brasileiro, sem sequer ter ganho um jogo do maior rival no ano. No
Campeonato Mineiro, foram três empates por 0 a 0. No Brasileiro, duas
vitórias atleticanas. Os dois triunfos dos alvinegros nas finais da Copa
do Brasil, contudo, foram os mais dolorosos. O
“maior Cruzeiro x Atlético-MG de todos os tempos” terminou com sorrisos
do lado atleticano, na mesma capital mineira que já havia visto festa
celeste no último domingo. A atual capital do futebol brasileiro, que
domina o País nos últimos dois anos, ganhou na noite desta quarta um
novo campeão da Copa do Brasil – o Cruzeiro poderia conquistar o tetra
do torneio. Foi o primeiro título nacional do time alvinegro desde 1971,
quando conquistou seu único Brasileiro.
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