
Esquema do sepultamento falso: Segundo
a apuração da polícia, em junho do ano passado, o ex-agente funerário
conheceu Cristiane da Silva, de 39 anos, que é de Matão e vivia em
situação de rua. Ele prometeu ajudá-la e a levou até o Poupatempo para
fazer RG e outros documentos. Em outubro, o
corretor de seguros adquiriu seis apólices de seguros de vida em nome de
Cristiane. A beneficiária seria a dona de casa, filha do ex-agente
funerário. Em janeiro deste ano, o ex-agente
teria convencido o médico a fornecer a falsa declaração de óbito de
Cristiane, que apontava morte súbita como a causa da morte. O endereço
do ex-agente foi colocado como sendo da residência da mulher declarada
morta. Com o atestado de óbito e documentação, o
ex-agente funerário preparou um caixão, que foi lacrado, e fez o enterro
no cemitério Nossa Senhora do Carmo. Ele ainda fez o pagamento dos
custos do serviço e pagou pelo R$ 1.548,18 pelo túmulo.
Descoberta da fralde: Após
denúncias, a Polícia Civil começou a investigar o caso. Os envolvidos
souberam da apuração e desistiram de entrar com o pedido do pagamento do
seguro. Os policiais localizaram a mulher que contou sobre o
envolvimento com o ex-agente funerário. A
advogada de Cristiane, Sandra Nucci, disse que a cliente confiou nos
envolvidos e entregou, de boa fé, os documentos, já que um deles teria
dito que iria atualizar a documentação dela. O
caso foi enviado ao Ministério Público Estadual (MPE) e a Justiça
autorizou a exumação do caixão nesta terça. O delegado Walkmar da Silva
Negré deve ouvir o ex-agente funerário, sua filha, o genro e o médico
nos próximos dias. Eles podem ser indiciados pelos crimes de
estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa. (G1)
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