Pular para o conteúdo principal

Preço do feijão sobe e assusta baianos

Preço do feijão sobe e assusta baianos
Ainda não chegou está exatamente igual a julho de 2016, época em que, inclusive, virou motivo de comentários e piadas nas redes sociais, com o produto sendo associado a ouro. Mas, os consumidores baianos, há pelo menos 15 dias, já vem sentindo no bolso o aumento no preço do feijão, o alimento preferido dos brasileiros. Composto por diversos tipos, a exemplo do mulatinho, carioca e fradinho, o acréscimo do valor da leguminosa chegou aos 20% em alguns deles. A reportagem da Tribuna da Bahia esteve em supermercados e em feiras da capital baiana e constatou a diferença nos valores. Em um estabelecimento que fica na região das Sete Portas, o preço do quilo do feijão carioquinha variava entre R$ 5,99 e R$ 7,15, da depender da marca. Há duas semanas, o valor do produto estando sendo vendido, em média, a partir dos R$ 4,79.  O feijão fradinho também não escapou da alta, sendo comercializado no mesmo local entre R$ 4,35 e R$ 5,59, o quilo. Há duas semanas, era encontrado na casa dos R$ 3,60. Bastante utilizado nas feijoadas, o feijão preto não passou ileso à situação, uma vez que o que o quilo do produto pode até ser encontrado pelo valor de R$ 8,49. “Muitos clientes questionam, mas ainda não estamos sentido efeito nas vendas”, disse o gerente.  Já na Feira das Sete Portas, espaço onde diversas variedades de feijão podem ser encontradas – e oriundas de locais como as cidades de Irecê e Santo Antônio de Jesus, além do estado de Sergipe –, a situação é semelhante, com os preços em alta. De todos, o que mais chama a atenção é o preço do feijão mulatinho, que está sendo vendido a até R$ 14, o quilo. Logo em seguida, vem o feijão rosa, como o preço na casa dos R$ 13.

Em um dos boxes, o feijão fradinho que era vendido a R$ 5, ficou 20% mais caro. “A informação que recebemos é a de que está em falta, só não informam se o problema é com a seca ou com a chuva”, disse um funcionário. Em outro estande, o Yuri das Farinhas, os altos preços têm gerado reclamação e as vendas, de acordo com outro funcionário, estão caindo.  No “Box do Hino”, um dos mais freqüentados da Feira das Sete Portas, os preços não ficaram diferentes do que estão sendo praticados em outros locais, apesar do aumento nos preços. “Não tem nem 15 dias que a saca do feijão carioca estava sendo vendido a R$ 180. Mas, hoje já ficando sabemos que a mesma saca já estava no valor de R$ 310. Acredito que o aumento nos preços se deve ao excesso de chuvas, o que prejudicou a lavoura”, comentou Juscelino Oliveira, dono do Box, ressaltando que um novo aumento pode estar a caminho.
Por lá, o feijão carioquinha está sendo vendido a R$ 5, mas, por conta da situação, pode chegar a até R$ 6,50, o quilo.
A aposentada, Marcelina Santana, já percebeu o aumento nos preços, mas disse que não vai deixar de manter a tradição. “Eu diminui a quantidade de comprei, mas não vou deixar de consumir, principalmente àquela feijoada do final de semana que a família inteira adora. Mas, realmente, os preços estão absurdos”, disse.

Comentários