Digna de narrativas ficcionais que viram
filmes ou novela, a história que culminou na morte de uma jovem, em
Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, traz ingredientes
surpreendentes: amizade, mentira, dissimulação e assassinato. O drama
veio à tona no dia 19 de agosto, no bairro Parque Rio Branco, em Guarus,
distrito de Campos. Neste dia Ana Paula Ramos, de 25 anos, foi
assassinada. Mas o que ninguém imaginava é que sua amiga de infância
poderia estar por trás do crime, como mandante.
Esse
novo capítulo levou à prisão de Luana Barreto Sales, de 24 anos de
idade. Ela passou a ser a principal suspeita depois que um áudio,
entregue à Polícia Civil por uma testemunha, aponta que a amiga e
cunhada de Ana Paula tentou simular um álibi para ludibriar a polícia.
Por conta desta reviravolta, Luana está atrás das grades desde o último
dia 21. De acordo com as autoridades que investigam o caso, Ana Paula se
casaria em outubro e Luana seria madrinha.
A
suspeita teria convidado a noiva para ir a um shopping ajuda-la a
escolher o vestido que usaria no casamento da amiga. Depois da visita à
loja, Luana convidou a cunhada para tomar um sorvete numa praça do
bairro. Elas escolheram saborear uma banana split. Segundo os
investigadores, esta era a senha que os criminosos contratados estavam
esperando para executarem o plano de assassinato. Uma dupla de bandidos
então forjou um assalto, atirando em Ana Paula.
A
Polícia afirma que os assassinos teriam recebido R$ 2 mil de Luana. Há
informações de que R$ 500 foram pagos no momento do crime, dentro de um
envelope e na frente da jovem que faleceu. O que Luana não esperava era
de que na terça-feira, uma de suas amigas entregaria à autoridades uma
gravação em que ela tenta forjar um álibi para justificar a ida de Ana
Paula à praça. A gravação mostra Luana pedindo que a amiga dissesse que o
dinheiro pago aos assassinos era parte de uma transação financeira que
ela teria de fazer, já que a acusada trabalha em um banco.
A
situação de Luana se complicou ainda mais quando uma outra amiga dela
relatou à polícia que, dias antes, Luana teria falado em “dar um susto”
em Ana Paula. Além de Luana, um intermediário responsável por contratar
os matadores e os próprios executores do crime foram detidos.
Testemunhas que estavam na sorveteria identificaram a dupla de
assassinos e um deles acabou confessando à polícia que a morte foi uma
encomenda de Luana.
Quando foi presa, Luana
estava participando de uma roda de orações com parentes de Ana Paula, no
hospital onde ela estava internada. Tempos depois da prisão, a vítima
teve a morte cerebral decretada. A suspeita não nega e nem admite o
crime, pois foi orientada por advogados a permanecer em silêncio. A
Polícia sabe que o crime foi passional, mas apura os motivos que levaram
à decisão de Luana a matar a amiga.
Fonte: Jornal Extra.
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