Ninguém imaginaria que aquele bichinho,
abandonado numa favela, infestado de carrapatos e tomado pela sarna,
sobreviveria a doenças de pele espalhadas pelo corpo. Voluntários de uma
ONG recolheram o cão e lhe deram tratamento. Faltava um lar. José
Santos Rosa, funileiro da zona leste paulistana, quis ficar com ele. O
filhote chegou numa caixa de sapatos. Zé pensou em levá-lo para casa,
mas, ao saber que o cão ficaria "gigante", herança de seus traços
genéticos, mezzo labrador, mezzo rottweiler, resolveu deixá-lo na
oficina. Logo, Beethoven passou a orquestrar barulhos por onde andava.
Serelepe, cruzava fácil a grade do portão, que ganhou tampões de madeira
para mantê-lo a salvo da rua. O cãozinho lembra a vizinha Margareth
Thomé, 47, "achava que era gato": escalava o muro da funilaria e andava
sobre ele, espreitando, ansioso, a chegada do dono.
CACHORRO SOFRE APÓS MORTE DO DONO:
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