Gasta mais do que pode, consome mais do que deve e ainda
deixa as contas acumuladas para o futuro – mesmo sem saber se um dia
terá dinheiro para honrar os compromissos.
Essa
é a realidade em 91,4% dos municípios baianos, de acordo com dados do
2º Índice da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan),
divulgado ontem.
O
índice analisou a gestão fiscal das cidades brasileiras no ano de 2011
tendo como base dados enviados pelos municípios para a Secretaria do
Tesouro Nacional. Dos 417 municípios, 56 não encaminharam suas
informações.
Foram
analisados cinco aspectos: geração de receita própria, gastos com
pessoal (respeitando o comprometimento máximo de 40% do orçamento com
contratação), investimentos, liquidez (planejamento financeiro) e custo
da dívida (deixar débitos para o ano seguinte). O IFGF varia entre 0 e
1. Quando maior, melhor é a gestão fiscal.
De
acordo com o levantamento, 330 cidades baianas apresentam situação
fiscal crítica ou difícil. Segundo o índice, uma a cada cinco cidades do
estado analisadas está entre as 500 piores do Brasil. “Isso significa
que as prefeituras não conseguem gerenciar os recursos de maneira
adequada, sem gerar benefícios para as contas do município”, explica
Jonathas Goulart, especialista em desenvolvimento econômico da Firjan.
Dentre
as piores cidades baianas em gestão (tabela ao lado), o destaque
negativo é para a má liquidez das contas. “Há um fraco planejamento
financeiro por parte das prefeituras”, ressalta Goulart.
No
grupo dos 500 piores municípios em gestão fiscal do Brasil, 68 são
baianos. O rendimento das prefeituras baianas reflete o mau desempenho
do Nordeste no índice, que é liderado pela cidade de Poá, no interior de
São Paulo.
Fonte: Correio
Fonte: Correio
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