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Jacobina: Agressões em escolas vão parar na delegacia

O aumento da violência, da indisciplina e dos conflitos interpessoais nas escolas tem sido percebidos por muitos educadores, alunos e pais, sendo tema recorrente na mídia e em momentos de reuniões de estudo coletivo e de formação de professores. Indisciplina, violência, ofensas, desrespeito são comportamentos presentes nas queixas da maioria dos professores de escolas públicas e privadas do Brasil.
A crescente desestruturação familiar torna cada vez mais frágil o conceito de limite, ética e responsabilidade social. Como uma resposta natural a toda esta fragilidade a criança apresenta dificuldades de relacionamento, e como resultado, a violência aflora cada vez mais cedo nos alunos.

São muitos os casos recentes divulgados pela mídia em que percebemos a dificuldade que a equipe escolar tem em lidar com tais situações conflituosas e auxiliar os alunos a desenvolver formas mais eficazes e cooperativas de lidar com as desavenças. Pra piorar, a atitude de alguns pais dificultam ainda mais a construção da autonomia e da formação de personalidades mais éticas. O resultado do somatório destes fatores são crianças cada vez mais indisciplinadas, professores estressados e assustados e um ambiente escolar cada vez mais inseguro.

Recentemente a morte de uma adolescente na porta da escola depois de uma briga por causa de um perfume chamou a atenção de todo o país. E Jacobina não foge deste contesto. Nesta terça dois casos envolvendo alunos da rede pública foram parar na delegacia local. O primeiro foi da diretora da Escola João Belo, no bairro do Mutirão. A mãe de uma aluna, revoltada com a a diretora que aplicou uma advertência em sua filha, adentrou o ambiente escolar e agrediu verbal e fisicamente a  educadora. " O pai da garota esteve na escola antes e eu expliquei o que aconteceu a ele , que compreendeu sem problemas, mas a mãe , mais tarde, chegou na escola perto do meio dia e partiu pra cima de mim  na frente dos alunos que aguardavam o ônibus escolar. Os meninos ficaram assustados com a cena deprimente", relatou a professora que pediu para não citar seu nome na matéria.

O segundo caso envolveu quatro adolescentes estudantes do Colégio Felicidade de Jesus Magalhães, relataram que foram agredidas por duas outras adolescentes que estudam no colégio no turno da tarde. " Estáva-mos esperando o ônibus escolar pata voltar pra casa, no Genipapo de Miguel Calmon, quando elas chegaram e disseram, "fulana" mandou dar uma surra em vocês duas, e começaram a nos bater.

Nos dois casos que acompanhamos fica evidente a banalidade da violência o âmbito escolar. Diante de relatos como estes fica a pergunta no ar, pra onde caminha o futuro da nação? 
  Bahia Acontece

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