O economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, fundador do
PSDB e ex-ministro dos governos José Sarney e FHC, utilizou o seu
perfil do Facebook na última semana para defender o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. No artigo intitulado “o cerco a Lula”, Bresser
afirma que as acusações contra o petista são uma tentativa de “atingir o
maior líder popular do Brasil desde Getúlio Vargas”. Lula é alvo de
suspeitas de ocultação de patrimônio e troca de favores. Para
Bresser-Pereira, a reforma do sítio em Atibaia (SP), avaliada pela
cúpula do PT como o caso que mais pode apresentar desgaste à imagem do
ex-presidente, não aumentava o seu patrimônio, apenas lhe proporcionava
mais conforto. “Ele não trocou a reforma do sítio por favores às duas
construtoras. Não há nada sobre isto na investigação.” O economista
acredita que os processos não buscam incriminar Lula, e sim
desmoralizá-lo. “As contribuições de empresas a campanhas eleitorais
(que até a decisão do Supremo eram legais) são afinal presentes. Mas é
impressionante como empresas dão ou tentam dar presentes mesmo a
políticos – presentes dos quais elas não esperam nada determinado em
troca; fazem parte de suas relações públicas”. Em setembro de 2015, o
Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a doação eleitoral de empresas.
Ele lembrou que quando era ministro da Fazenda do governo José Sarney,
em 1987, uma empresa tentou reformar a piscina da casa em que morava.
Segundo Bresser sua mulher “os pôs para correr”. O ex-ministro disse que
o mesmo deveria ter sido feito por Lula, que “cometeu um erro
político”, mas não é desonesto. Bresser-Pereira disse ainda que os
processos são decorrentes do posicionamento político do ex-presidente,
“que se manteve de esquerda”. “Dirigentes de empresas, lobistas e
políticos envolvidos estão sendo devidamente incriminados e processados.
A instituição da delação premiada revelou-se um bom instrumento de moralização. Mas está havendo abusos.” O ex-ministro da Fazenda considerou que o Estado brasileiro, ao levar adiante as operações Lava Jato e Zelotes, está revelando capacidade de defender o patrimônio público, mas criticou a divulgação de delações premiadas sem provas e prisões cautelares e provisórias sem provas. “Não é razoável o que se está fazendo com Lula. Só um clima de intolerância e de ódio pode explicar o cerco de que está sendo vítima”, concluiu em artigo compartilhado também na página oficial do Partido dos Trabalhadores. O PT reforçou a defesa pública de Lula.
A instituição da delação premiada revelou-se um bom instrumento de moralização. Mas está havendo abusos.” O ex-ministro da Fazenda considerou que o Estado brasileiro, ao levar adiante as operações Lava Jato e Zelotes, está revelando capacidade de defender o patrimônio público, mas criticou a divulgação de delações premiadas sem provas e prisões cautelares e provisórias sem provas. “Não é razoável o que se está fazendo com Lula. Só um clima de intolerância e de ódio pode explicar o cerco de que está sendo vítima”, concluiu em artigo compartilhado também na página oficial do Partido dos Trabalhadores. O PT reforçou a defesa pública de Lula.
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