Os professores da rede municipal de Feira de
Santana entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta
quinta-feira (12). A categoria reivindica o cumprimento da lei que
estabelece 1/3 da carga horária para planejamento das atividades
docentes. A decisão foi tomada após assembleia realizada
na manhã de hoje. Segundo a diretora da APLB no município, Marleide
Oliveira, Feira de Santana tem cerca 2 mil professores na rede municipal
e a categoria ainda está aberta ao diálogo. "Estamos
abertos a negociação, não queremos intransigência, mas a prefeitura só
sabe dizer não, não, não! Os professores estão cansados, precisam do
tempo para preparar as aulas. Precisamos que a lei seja cumprida",
afirmou. Ainda segundo ela, na semana passada a
APLB apresentou um mandado de segurança à Justiça para obrigar a
prefeitura a cumprir a determinação. "Todos os outros municípios e
cidades vizinhas estão cumprindo a lei. Feira também precisa se
organizar", disse Marleide. A prefeitura de Feira
de Santana se pronunciou através de nota em que afirma que para atender a
demanda seria necessário contratar 610 novos professores, o que
provocaria um aumento de 20% na folha de pagamento, que sairia de R$
146,7 milhões para R$ 168.7 milhões. Ainda segundo
a nota, a única forma de fazer essas mudanças em infringir a Lei de
Responsabilidade Fiscal seria de maneira gradual. "A Secretaria de
Educação apresentou, em 2015, proposta de aplicação gradativa da medida.
Lamentavelmente, a sugestão foi recusada pela direção da entidade, que
se mantém intransigente no propósito de mudança imediata e integral",
diz a nota. O ano letivo na rede municipal de
Feira de Santana estava previsto para começar hoje. Com a declaração de
greve, no entanto, não há prazo para o início das aulas.
COMPARTILHANDO O QUE É NOTÍCIA COM VOCÊ
Comentários
Postar um comentário