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Bahia: Com tantas mortes, fazenda já tem até cemitério de animais

Na fazenda Jurema, município de Pedro Alexandre, alto sertão baiano, próximo à divisa com o estado de Sergipe, de um rebanho de 1.300 cabeças bovinas, segundo o vaqueiro Clodoaldo Nascimento Marques, mais de 100 já morreram de fome nos últimos dias. 
imageOs campos apinhados de animais mortos e muito caídos agonizantes remetem a uma cena de guerra. É doloroso e emociona até mesmo o coração mais empedernido, ver os animais se debatendo na luta contra a inevitável morte ao lado de carcaças visitadas por raros urubus, ave estranhamente de pouca presença na região.

Vaqueiros que apesar do convívio com a crueza do clima do sertão, não escondem a tristeza na lida com os animais em fase terminal. Eles improvisam jiraus (armação de madeira para deixar o animal em pé), ou panca (equipamento semelhante que pode ser de madeira, corda, couro ou esteira) com o mesmo objetivo.

Não há cruzes, mas próximo à casa sede da fazenda já existe um cemitério de animais  para onde são transportados os exemplares que morrem no curral que fica nas  imediações do casarão da propriedade rural que tem 10 mil tarefas de terra e ótima estrutura com bebedouros, cochos, currais e  50 tarefas com plantio de palma, além de muitas aguadas.

O maior problema nessa imensa propriedade é a falta de alimentos para os animais já que ainda existe água suficiente por conta de várias reservas hídricas, todavia o sol inclemente que atinge a região dizimou toda a pastagem. Galhos secos de arbustos, alguns pés de ouricuri, mandacaru e palma são o que resta para contrastar com o pó do solo seco e esturricado.

O fruto do mandacaru que é alimento de pássaros, também serve como parte do complemento alimentar dos animais na região e para muitas pessoas que enfrentam dificuldades na hora de fazer uma refeição.

                        Fonte:InteriorDaBahia

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