A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou na noite
desta quarta-feira (14), em sua conta pessoal no Twitter, que a denúncia
apresentada pelo Ministério Público Federal contra o também
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem o objetivo de impedir a
candidatura do petista nas eleições presidenciais de 2018. A denúncia,
apresentada nesta quarta, abrange três contratos da OAS com a Petrobras e
diz que R$ 3,7 milhões em propinas foram pagas a Lula. Os crimes
imputados aos denunciados são corrupção ativa, passiva e lavagem de
dinheiro. Caberá à Justiça decidir se eles se tornarão réus. O
procurador Deltan Dallagnol afirmou que, segundo provas do MPF, Lula era
o "comandante máximo do esquema de corrupção identificado na Lava
Jato". "É lamentável que uma denúncia sem provas seja feita contra o
presidente Lula e sua família. É evidente que esta denúncia atende ao
objetivo daqueles que pretendem impedir sua candidatura em 2018", disse
Dilma no Twitter. "Mais uma vez, a democracia é ferida. Mais uma vez,
grave injustiça é cometida sem fundamentos reais. Agora, o alvo é o
ex-presidente Lula. Certamente, o ex-presidente saberá se defender e as
pessoas de bem saberão reagir", concluiu a ex-presidente. Além de Dilma,
parlamentares e dirigentes do PT reagiram à denúncia e falaram em
"perseguição política" a Lula. Após os procuradores explicarem a
denúncia, os advogados de Lula criticaram e afirmaram que o crime do
petista "é ter sido presidente da República, eleito democraticamente por
duas vezes”. “Para sustentar o impossível, força-tarefa valeu-se de
ilusionismo, promovendo improvável espetáculo judicial e midiático",
disse o advogado Cristiano Zanin Martins. (Globo)
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