A desigualdade entre a nota dos alunos de escolas
públicas pobres e ricas aumentou na maioria dos Estados do País. Embora
o desempenho geral dos estudantes de escola pública esteja melhorando
no quadro geral, a diferença de renda está pesando mais no resultado
final. O quadro é mais acentuado em Estados do Norte. A diferença no
desempenho desses alunos em Língua Portuguesa é maior em 17 Estados do
País em relação a 2009. Isso é o que mostraram os dados da Prova Brasil,
a avaliação oficial feita pelo governo federal cujos resultados foram
divulgados na quinta-feira. Em Matemática, a desigualdade aumentou em
dez Estados. A equidade na evolução dos resultados educacionais é vista
por especialistas como um dos fatores mais importantes para avaliar a
qualidade das redes educacionais. O risco é que a escola, em vez de
servir como meio de equilibrar desigualdades já existentes na sociedade,
possa acirrá-las. No ranking dos dez Estados mais desiguais em Língua
Portuguesa em 2015, sete estão no Norte. Especialistas apontam que
diversos motivos podem explicar essa diferença no desempenho. Entre eles
estão problemas de falta de infraestrutura das escolas nas regiões mais
periféricas, carência de aulas de reforço e de professor assistente
para os alunos com mais dificuldade, falta de estrutura familiar e até
desestímulo à permanência dos melhores professores.
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