O Ministério Público Federal (MPF) denunciou
nesta quarta-feira (14) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a
mulher dele, Marisa Letícia, e mais seis pessoas no âmbito da Operação
Lava Jato. O procurador Deltan Dallagnol afirmou que, segundo provas do
MPF, Lula era o "comandante máximo do esquema de corrupção identificado
na Lava Jato". A denúncia abrange três contratos da OAS com a Petrobras e
diz que R$ 3,7 milhões em propinas foram pagas a Lula. Os crimes
imputados aos denunciados são corrupção ativa, passiva e lavagem de
dinheiro. A denúncia não significa que eles sejam culpados dos crimes de
que são acusados. Cabe à Justiça acolher ou não as argumentações dos
promotores. Se acolher, os denunciados se tornarão réus e serão
julgados. O MPF pede a indenização de R$ 87,6 milhões, que deve ser paga
pela OAS e também por Lula, além de R$ 58,4 milhões, a serem pagos por
Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, e Agenor Franklin Magalhães
Medeiros, ex-executivo da OAS (veja trecho da denúncia ao final da
reportagem). Segundo o procurador, Lula recebeu propinas de forma
dissimulada, por meio da reserva e reforma de um apartamento triplex em
Guarujá, no litoral de São Paulo, e do custeio do armazenamento de seus
bens. Dallagnol afirmou que há 14 conjuntos de evidência contra o
ex-presidente, que teria sido o "maior beneficiário do esquema". A
denúncia do MPF diz que todo o mega esquema envolve o valor de R$ 6,2
bilhões em propina, gerando à Petrobras um prejuízo estimado em R$ 42
bilhões.
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