A incidência de intoxicação alimentar pela bactéria Salmonella (que
causa diarreia) através do ovo fez a nutricionista Daniele Leal
investigar mais o caso. Depois de recorrer aos bancos de dados do
Ministério da Saúde, a pesquisadora foi mais além e defendeu uma tese de
mestrado sobre os problemas de intoxicação associados ao produto.
Daniele entrevistou 664 pais de alunos de escolas públicas e
particulares em São Paulo para saber quais práticas colocam o produto
como recordista do problema. “Dos entrevistados, 81% disseram que
compram ovos sem estar refrigerados, o que é um erro para a segurança
alimentar. Além disso, quando chegam em casa, as pessoas também guardam
os ovos fora da geladeira, o que facilita as contaminações,”relatou. A
pesquisa também mostrou que 61,3% dos participantes já relacionaram
sintomas de doenças, como febre, diarreia, dor de estômago, náuseas,
após consumirem alguma comida, o que “demonstra que eles identificam o
risco de ingerir alimentos impróprios”. Segundo Daniele, metade dos
pesquisados consome ovos crus ou mal cozidos, considerados de risco pela
possibilidade de estarem contaminados com Salmonella.
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