Bactérias que não respondem a antibióticos vêm
aumentando a taxas alarmantes no Brasil e já são responsáveis por ao
menos 23 mil mortes anuais no país, afirmam especialistas. Capazes de
criar escudos contra os medicamentos mais potentes, esses organismos
infectam pacientes geralmente debilitados em camas de hospitais e se
espalham rapidamente pela falta de antibióticos capazes de contê-los.
Por isso, as chamadas superbactérias são consideradas a próxima grande
ameaça global em saúde pública pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
"Estamos numa situação de alerta", diz Ana Paula Assef, pesquisadora do
Instituto Oswaldo Cruz, da Fundação Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que faz
a estimativa sobre mortes anuais no país com base nos dados oficiais
dos Estados Unidos. No Brasil, ainda não há um compilado nacional sobre o
número de vítimas por bactérias resistentes. "Sabemos que, assim como
vários países em desenvolvimento, o Brasil tem alguns dos maiores
índices de resistência em determinados organismos. Há bactérias aqui que
não respondem mais a nenhum antibiótico", aponta Assef.
Perigosas: Um exemplo é a Acinetobacter spp. A bactéria pode causar infecções de urina, da corrente sanguínea e pneumonia e foi incluída na lista da OMS como uma das 12 bactérias de maior risco à saúde humana pelo seu alto poder de resistência.
Perigosas: Um exemplo é a Acinetobacter spp. A bactéria pode causar infecções de urina, da corrente sanguínea e pneumonia e foi incluída na lista da OMS como uma das 12 bactérias de maior risco à saúde humana pelo seu alto poder de resistência.
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