Fundado pelo ex-governador Leonel Brizola, e com origem no
sul e sudeste do país, onde o líder trabalhista tinha forte atuação, o
PDT poderá se transformar dentro de alguns meses num forte partido da
região Nordeste, onde, talvez, tenha origem um dos principais motivos
das derrotas do gaúcho nas duas eleições presidenciais que disputou.
Mas
esse quadro pode mudar com a migração dos irmãos Ferreira Gomes – Cid e
Ciro - para a legenda brizolista. Cid é ex-governador do Ceará e
ex-ministro da Educação de Dilma Rousseff, enquanto Ciro, que possui um
currículo mais rico ainda, com duas passagens pelo governo cearense e de
Fortaleza, comando de ministérios de prestigio como o da Integração
Nacional no primeiro mandato de Dilma, e da Economia, no governo Itamar
Franco.
Outra
filiação que estaria em curso é a do prefeito de Salvador, ACM Neto
(DEM), avaliado em pesquisas como o melhor prefeito das capitais
brasileiras. A entrada de Neto no PDT reforçaria mais ainda o partido na
região Nordeste, e causaria uma grande repercussão em razão da
importância política da Bahia no cenário nacional.
A
filiação de ACM Neto à legenda brizolista depende do diretório
nacional, que se reunirá nas próximas semanas para se posicionar em
relação ao governo Dilma, se fica ou se sai. A entrada de Neto também
poria fim ao imbróglio político que se arrasta internamente na sigla,
com uma briga interminável entre o atual presidente, deputado federal
Félix Júnior, e o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo,
que já estaria de saída do partido.
Por Evandro Matos
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