“Foi crime passional, ele nutria por ela uma paixão
avassaladora e, como foi rejeitado, decidiu matá-la”, disse o tenente
Ademar Gregolim Júnior, de 35 anos, comandante regional da Polícia
Militar, em Itirapina. O estudante deu sete facadas na professora,
surpreendida pelo assassino na Escola Estadual Professor Joaquim de
Toledo Camargo no começo da noite de segunda-feira, 11. Ele também
queria matar um colega.
“Um estudante chamado Ramon fazia “o meio de campo”,
levando recados de Haraguti para Simone. Como não deu namoro, ele quis
matar Ramon por causa das brincadeiras do colega”, contou o tenente, que
comandou a equipe que prendeu o acusado. Ele fugiu durante uma chuva
forte, atravessou uma mata e entrou em um canavial, onde foi encontrado
deitado. “Ele estava com a arma do crime, uma faca de 24 centímetros”,
explicou. O padrasto de Haraguti reclamou do enteado.
“Ele (padrasto) nos contou que o entregaria para
nós, e afirmou que o estudante tem “cabeça fraca” e que era usuário de
drogas”, contou o tenente, ressalvando, porém, que Haraguti não tinha
passagem pela polícia. $Revolta$ Após ser preso, o estudante passou pela
delegacia de Itirapina e, depois, foi levado para a Cadeia Pública de
Rio Claro. Ele deverá ser transferido para a P 2 de Itirapina. A
reportagem apurou que os mais de três mil presos da penitenciária estão
revoltados com o crime. Por isso, Haraguti ficará sozinho em uma cela.
Os 12 mil moradores de Itirapina também estão
revoltados. “Nunca vi nada igual”, completou o tenente, referindo-se à
comoção na cidade. As aulas na Escola Estadual Professor Joaquim de
Toledo Camargo foram suspensas nesta terça e quarta-feira. Na escola, o
acusado era aluno do programa Educação de Jovens e Adultos (Eja). Informações do Correio
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